19 de jan. de 2009

Me Apresentando ao Novo Mundo da Publicação

Olá a todos! Bem Vindos ao meu Blog! Meu nome é Celso Junior e estou galgando - a pequenos passos - o caminho da literatura.
Tornarei este o local para compartilhar minhas experiências nesse admirável nem tão novo mundo da escrita. Bem como divulgar meus textos e minhas obras.

Para começar, gostaria de expor minha opinião sobre como é maravilhoso contar com a tecnologia atual para, finalmente, quebrarmos alguns paradigmas tão enraigados a velhos conceitos.
Existe um desses paradigmas que sempre me deixou com a pulga atrás da orelha.

O que é Publicar?

Segundo um dicionário online, a definição de publicar é:



Editar
Imprimir um escrito
Dar a conhecer
Divulgar


Este é um sentido bem amplo, mas, para muitos de nós, Publicar sempre significou ter sua obra lançada por grandes Editoras, o que seria um sonho a ser alcançado apenas para os abençoados pela sorte, pelo deus da escrita, ou por uma generosa conta bancára.
Esquecemo-nos de um sentido mais simples, que é: Tornar algo Público.
Aí sim, temos o caso das editoras, gráficas e da imprensa em geral, que tornam públicas diversas obras, através de um meio bastante difundido, que é a impressão de livros, revistas, jornais etc...
Percebam, que a via impressa é um MEIO de publicação que, frente aos custos do uso DESSE meio, torna o ato de publicar, por exemplo, um livro, algo restrito a esse tipo de empresa.
Não que eu tenha algo contra Editoras ou Gráficas ou a Imprensa em Geral, mas elas fazem um papel diferente hoje em dia - pelo menos deveriam - que acabou se tornando uma PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ao autor.
Claro que ainda existem as Grandes Obras, Best Sellers e Blockbusters que são contratados por editoras por elas terem a ciência de que aquilo é um investimento de grande rentabilidade, porque o que conta justamente é isso: Lucro.
Em tempos de redução de custos e maximização de lucros, ninguém pode se dar ao luxo de investir grandes quantias em dinheiro em uma obra literária que não traga, pelo menos, uma boa certeza retorno financeiro.
Isso pode derrubar o encanto de muitos escritores iniciantes - como eu, mas nenhuma editora vai arcar com o custos de Edição, Pré-Impressão, Registro, Impressão, Marketing e Distribuição se ela correr o risco de perder dinheiro.
Por isso, deixou-se de lado a procura pelas Grandes Obras, Best Sellers e Blockbusteres da vida e passou-se a investir em Prestação de Serviços.
Grande parte das editoras passou a terceirizar setores como Impressão, Acabamento e Distribuição, focando-se na Edição propriamente dita. O que não é algo necessariamente ruim pois reflete apenas uma tendência dos tempos em se reduzir centros de custo da empresa.
Ainda refletindo essa tentência, para aquelas obras que, como já citado, não oferecem garantia de lucro, as editoras passaram transferir ao autor os custos da produção do seu livro.

Elas estão erradas? Obviamente que não!

São empresas, elas nascem, crescem, se reproduzem e morrem com o intuito de ganhar dinheiro e não há nada de chocante ou assombroso em se manter no mercado, oferecendo ao autor a realização do seu sonho em editar seu livro.
Outras editoras entram em um comum acordo, selecionando as obras a publicar e dividindo os custos com o autor, ou então, efetuando baixas tiragens ao imprimir, por exemplo, cem exemplares no início, dividindo os lucros das vendas com o autor e fazendo novas impressões caso haja demanda. Temos aí os dois lados interessados e comprometidos com o sucesso da obra. É um caso de parceria onde os dois são responsáveis pelo lucro ou pelo prejuízo.
Essa talvez seja a nova realidade do mercado literário e uma boa saída para os autores iniciantes que não tem algumas dezenas de milhares de reais no bolso sobrando para investir no seu sonho.
E mesmo se o autor tiver esses dinheiro para investir em si mesmo, nada, absolutamente nada trará sucesso se sua obra não for efetivamente rentável.
Se não apresentar uma qualidade satisfatória, uma boa história, se não tiver um plano de negócios bem claro, onde ele determine qual o seu público alvo, qual seu projeto de vendas e distribuição.
Se o autor não enxergar sua obra da mesma maneira que a editora enxerga, podem ser cem, ou cem mil exemplares, eles ficarão ocupando espaço em sua garagem, ocupando o lugar onde bem provavelmente ficava o carro que ele precisou vender para pagar seu livro.
A realidade mudou. Se o autor ainda trata seu livro como uma obra-de-arte inigualável, como o próximo "O Código Da Vinci" e que tudo o que ele tem a fazer é jogar o original na mesa do editor e sair sem dizer nada, dando baforadas ao vento com seu cigarro de canela se questionando porque dele não começar logo a lhe agradecer efuzivamente, então esse autor será um escritor de gavetas para sempre.
O setor editorial se adaptou aos novos tempos. O autor deve fazer o mesmo. Deve parar de pensar que tudo o que ele precisa fazer é escrever bem. Ele precisa, além disso, vender bem.
A não ser que tudo o que ele almeja seja simplesmente mostrar para o Papai e para a Mamãe o seu livro, mas nesse caso, mostrar seu livro manuscrito no caderno produz o mesmo efeito:

- Que gracinha filhinho! Agora vai trabalhar.

2 comentários:

  1. Muito boa sua análise do atual quadro do mercado editorial. Muito encarecedora, principalmente para nós que estamos adentrando esse mundo agora... Que fique como um alerta...
    E que novos escritores não fiquem deslumbrados com uma publicação...

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  2. Isso mesmo! E que saibam se portar no novo mercado, assim temos espaço para todos ^^v

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